
Depois de, através da Engenharia Genética, cientistas americanos terem conseguido que cianobactérias transformassem dióxido de carbono em biocombustível outra equipa de investigadores da Universidade da Califórnia desenvolve um processo alternativo para obter combustível biológico recorrendo à bactéria intestinal Escherichia coli.
Com efeito, e como comunicado num artigo publicado no mais recente número da Nature, Jay Keasling e os seus colegas manipularam por duas vezes o material genético da E. coli para potenciar as suas capacidades.
Numa primeira fase os investigadores clonaram genes de duas espécies de bactérias que ocorrem no solo e no sistema digestivo de animais herbívoros que são responsáveis pela produção de enzimas que processam a celulose, biomassa vegetal. Depois de adicionarem algumas outras sequências de aminoácidos que induzem a secreção dessas enzimas estas sequências foram importadas para o DNA de E. coli.
Numa segunda fase, e segundo explica Jay Keasling “Incorporámos genes que permitem produzir ésteres de biodiesel de ácidos gordos e etanol”, conseguindo com isto que as bactérias fabricassem biocombustível passível ser directamente usado.
Adicionalmente o biocombustível produzido é excretado pelas bactérias, migrando para a superfície do recipiente onde decorre o processo pelo que não preciso é recorrer nem à destilação nem a qualquer outro tipo de purificação, nem é necessário romper as células para o obter, como acontece na produção de biocombustível a partir de algas.
Com este método é possível produzir hidrocarbonetos com mais de 12 átomos de carbono, que são componentes do gasóleo, ou do combustível de aviões, mas não é ainda possível produzir os hidrocarbonetos de cadeias mais curtas - com por exemplo com 8 átomos de carbono - que constituem a gasolina.
28 Janeiro 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário